Sobre a cidade
São João da Lagoa é uma pequena cidade situada no Norte de
Minas e sua população é de aproximadamente 5.000 habitantes (Fonte - Wikipédia) sendo que a maioria
reside na zona rural e em comunidades.
As principais atividades econômicas da cidade são a pecuária
e agricultura de subsistência, mas alguns chefes de família optam por
trabalharem em cidades próximas e ter renda fixa.
Construções antigas que resistem ao tempo e abrigam
famílias batalhadoras.
Motivo da viagem
Na minha opinião viajar é uma das melhores coisas do mundo, ainda mais quando a viagem trata se de uma ação solidária e você está disposto a
servir da melhor maneira possível.
Doar parte do seu tempo em prol de quem precisa é uma forma
genuína de gratidão.
O Convite
O convite partiu de uma amiga querida que faz parte da ONG
Jeep Club evangélico e eu não resistí, por o pé na estrada e ajudar a quem
precisa.
A viagem seria em quinze dias após ter recebido o convite,
então eu tinha que correr com os preparativos e ainda por cima vencer o desafio
de colocar tudo o precisaria em uma única mochila (tarefa nada fácil, hahaha.).
Desafio dado, desafio cumprido. E a prova está aí!
Chegamos na cidade por volta de 1:00 da manhã de sexta - feira. Precisávamos
descansar, pois começaríamos os trabalhos por volta das 07:00.
A primeira ação
aconteceu na comunidade Cabeceira de Inhauma, que é formada por pessoas que
vivem da agricultura familiar. Os serviços oferecidos foram: Atendimento médico
com doação de remédios, doação de roupas, cestas básicas, brinquedos,
apresentação de teatro, dança, atividades especiais para as crianças.
Eu e minha amiga Jaice, prontas para alegrar as crianças
lindas da comunidade Cabeceira de Inhauma.
Vegetação típica do Norte de Minas, onde o clima é seco e
quente.
Crianças
se divertindo a valer no pula - pula montado pela equipe jeep club.
Depois de organizarmos as roupas para a doação, uma pequena
pausa antes do teatro.
Durante essa primeira
ação além de participar do teatro e trabalhar com as crianças, também tive
a oportunidade de auxiliar as manicurees. O que mais me chamou atenção foi a
alegria estampada no rosto daquelas mulheres simples e em sua maioria com
marcas causadas pelo sol escaldante daquela região e o trabalho duro da vida no
campo. Uma delas, sra Alice, me disse: "Me sinto muito feliz por vocês estarem
aqui. É muito bom poder me consultar com um médico, cuidar um pouco da minha aparência e
receber as doações, mas a minha alegria maior é por sentir o carinho que vocês
demonstram mesmo não nos conhecendo. Nós vivemos isolados, trabalhamos duro pra
conseguir sustentar a família e raramente temos uma oportunidade assim." Naquele
momento meu coração transbordou de gratidão por tudo o que tenho e mais ainda
pelo privilégio de servir alguém que precisa.
No decorrer de cada
ação conversei com várias pessoas que sempre me indagavam sobre a cidade que
morava e como era viver numa “cidade grande”. Muitos diziam que só conheciam
cidades assim pela TV e que tinham curiosidade de um dia ver como realmente
era. Já outros disseram que sabem das “coisas feias” que ocorrem nessas cidades
e preferem ficar quietos onde estão.
Refletindo um pouco sobre esses diálogos cheguei a uma
conclusão simples, mas de grande valia. Mesmo sofrendo privações de coisas
materiais essas pessoas desfrutam de um sossego almejado e invejado por muitas
pessoas abastadas. Elas vivem com suas a famílias em pequenos sítios, trabalham
de sol a sol para garantir o sustento, mas afirmam se sentirem bem em seus
“cantinhos”.
No mesmo dia também
fizemos uma ação em outra comunidade próxima a São João da Lagoa no mesmo
modelo da anterior e o destaque foi a Reijane uma moça que é manicure na cidade
e talentosa por natureza. Ela auxiliou a equipe que faz pintura facial nas
crianças com maravilhosos e perfeitos desenhos feitos à mão livre. Fiquei encantada
com o talento, carisma e disposição para ajudar.
No dia seguinte a
ação foi feita na comunidade Cocal e o destaque foram as crianças. Destaque
pela quantidade que marcou presença no evento e também pela amorosidade.
Crianças lindas e amorosas. Não resistiram o colinho das “tias”.
Se fosse possível
resumir essa viagem em algumas palavras elas seriam: Gratidão, amor ao próximo
e aprendizado.
Sem dúvida foi uma viagem inspiradora e transformadora.
Conhecer bem de perto as limitações de nossos semelhantes e poder de certa
forma aliviar e suprir algumas de suas carências, mesmo que isso seja
temporário, é algo impagável e um aprendizado para toda vida.
#MeSentindoGrata
Parabéns pela iniciativa!!!!!
ResponderExcluir