sexta-feira, 17 de julho de 2015

Seja Infeliz Em Apenas Seis Passos



Vejo por aí várias dicas e receitas para ser feliz, no entanto na minha opinião a felicidade é algo bem simples e palpável. Não se encontra através de fórmulas mágicas e nem tão pouco chega quando nós a evocamos. A felicidade depende exclusivamente de nós mesmos, assim como a infelicidade.
Fiquei pensando, pensando e resolvi listar alguns motivos que atraem a tão temida infelicidade para nossas vidas.


1- Renda - se às vontades alheias.

Quando nos anulamos em função de outra pessoa a sensação de vazio é inevitável . Deixar de fazer tudo que gostamos para simplesmente fazer o que os outros querem é o caminho perfeito para se cair no poço da amargura.
Façamos concessões justas, mas sem deixar que as vontades alheias sobreponham se às nossas.


2 - Curve - se à opinião dos outros.

Infelizmente a tal opinião de quem não pedimos é um caso sério. Tira o sossego e fomenta a raiva.
A maioria das pessoas não conhecem nossas lutas diárias e, no entanto insistem em emitir opiniões baseadas na visão distorcida de si próprias.
Não mudemos o curso de nossas vidas por causa dessas opiniões, e mais importante: jamais as tomemos como verdades.


3 - Ocupe - se em atender expectativas.

Não há nada mais pesaroso do que sentir se obrigado a atender as expectativas de quem quer que seja.
A energia que se gasta fazendo tal esforço deveria ser convertida em energia elétrica e certamente daria para iluminar uma pequena cidade. Não é exagero dizer isso! Ocupar se tal tarefa mina totalmente as forças e não há ânimo que resista.
Não somos obrigados atender expectativas de ninguém! As pessoas precisam entender que cada um deve ser responsável por seus próprios feitos e jamais devem oprimir o outro para atingir metas que ele próprio não traçou.

4 - Insista em um relacionamento falido.

É fato que devemos ter maturidade e sensatez para enxergar quando não vale mais a pena investir e insistir em um relacionamento que não trás nenhum retorno positivo.
Tenho aprendido que um relacionamento precisa inspirar confiança, arrancar sorrisos despretensiosos, gerar companheirismo, estimular o crescimento individual e acima de tudo trazer paz.
Quando o que se vive é o oposto de tudo isso, a infelicidade é companhia diária.
Há uma considerável diferença entre passar por crise e viver em crise.
Nenhum relacionamento é um mar de rosas, no entanto as flores devem, com certeza, serem mais presentes que os espinhos.


5 - Tenha uma vida de aparência.

Mostrar aos outros algo que você não é, é iludir a si mesmo.
Uma pessoa iludida não consegue sentir se genuinamente feliz. 
Há tanta pressão e cautela para manter o personagem criado, que o vazio interior chega ser maior que um buraco negro.
Lutemos pela liberdade de ser quem somos na nossa essência sem nos preocuparmos se irão gostar ou não.

6 - Tome para si culpas que não são suas.

Pessoas vivendo enclausuradas em culpas dos outros é mais comum do que se pensa.
Se já é difícil lidar com as próprias culpas, pense um pouco e tente mensurar o quanto é pesado viver com uma culpa que não é sua. 
É extremamente injusto alguém se safar de sua responsabilidade por um fato ocorrido e transferir sem piedade alguma esse peso para as costas de outrem.
Não carregue bagagem que não é sua! Livre se desse peso morto antes que ele te arraste para as profundezas do mar da infelicidade.
Faça melhor, se desfaça de qualquer sentimento de culpa! Não se martirize por algo que deu errado ou que não pode fazer. 

Abra espaço para a felicidade entrar. Ela é simples e modesta, mas precisa de casa própria e não admite dividir espaço com sentimentos que se opõem a ela.

A foto usada nessa postagem foi retirada do google imagens.

quinta-feira, 9 de julho de 2015

Paciência...




Ultimamente ecoa na minha mente com demasiada frequência uma palavra que me faz refletir sobre a importância e o peso de seu significado para os dias atuais. É uma palavra de fácil pronúncia, mas carregada de conotações profundas.
Paciência, paciência, paciência... 
"Paciência é o segredo de toda conquista."

Ter paciência quando o mar está calmo ou quando se está no cume da montanha é algo relativamente fácil, mas quando o mar está revolto e o vale e a trilha que antecedem o ponto mais alto da montanha parecem não terem fim; definitivamente ser paciente é uma tarefa difícil.
Quando a impaciência nos domina corremos sério risco de nos precipitarmos quanto a uma decisão.
É muito fácil nos perdermos em meio aos problemas quando não conseguimos ver com nitidez uma solução.
Aí é que a paciência faz toda diferença! Ela sussurra ao nosso ouvido: Acalme se, nenhuma situação é definitiva. Daqui a pouco a tempestade vai embora e o mar se acalmará. Tão logo você passará pelo vale, vencerá as trilhas íngremes e desfrutará da paz e do sossego que o pico da montanha pode te dar.

Saber esperar requer sabedoria e mente tranquila para analisar a situação e enxergar uma solução além das dificuldades momentâneas. Requer força para planejar e traçar estratégias que visam melhorias definitivas.
Ser paciente não quer dizer que deve se sentar, cruzar os braços e esperar a solução bater à porta. Ser paciente implica em ter consciência da gravidade da situação e, no entanto lembrar com clareza de cada objetivo  e saber que uma decisão impensada poderá atrasar ainda mais o alcance das nossas metas.

O que quero dizer é que precisamos distinguir as questões que precisam de decisões rápidas daquelas que necessitam de calma e reflexão. Sendo assim não esperaremos quando o momento exigir ação e não agiremos quando a situação requerer espera.

A vida é um leque de infinitas possibilidades e existem inúmeros caminhos por onde podemos trilhar, no entanto cabe a cada um julgar o momento de: ir ou ficar, soltar ou agarrar, arriscar ou esperar, ter paciência ou desesperar se.

Cabe a cada um enumerar os prós e os contras e por fim decidir se os ganhos resultantes da decisão de esperar ou avançar serão aqueles que tanto almejamos ou se serviram apenas como medidas paliativas para acalmar os anseios de um coração apressado e de uma mente fugaz.

Paciência, paciência, paciência...
"É aos poucos que a vida vai dando certo."



quinta-feira, 2 de julho de 2015

Entre a Razão e a Emoção



Ainda me surpreendo ao perceber quão acirrada é a batalha entre a razão e emoção.
Apesar desta ser uma guerra natural e que existe desde sempre, ainda me causa arrepios ver e perceber seus efeitos.
Deveria ser no mínimo relativamente fácil falar sobre os sentimentos ou deixar transparecer sem relutância alguma o que há dentro do coração. Deveria ser simples e corriqueiro mostrar a outrem o grau de importância que o mesmo tem  em nossas vidas.
Poderia ser mais fácil escolher um caminho, uma direção. Mas nós somos seres humanos...
Seres humanos que em sua maioria "adestrou" os sentimentos, amarrou bem a espontaneidade e alimenta a ilusão de que assim está protegido contra a dor e a desilusão. Seres humanos que optaram pela zona de conforto ao invés de se arriscarem e correrem atrás de seus sonhos.

Façamos um breve retrospecto de sobre como chegamos a esse ponto.
Acredito que a maioria de nós não nasceu estrategistas natos e com o nível de razão acima da cabeça. Nos tornamos assim à medida em que acumulamos desilusões e decepções. De acordo com o que somos moldados pelo sofrimento  e forjados pelas dores que esse tal sofrimento nos causa ao longo da vida.
Como a emoção está diretamente ligada ao coração e a razão a mente, essa guerra não poderia ser menos disputada.
Confesso que na maioria do tempo o que me rege é a razão, mas nem sempre foi assim. Faço parte do grupo que foi moldado com o tempo.
A razão nos direciona para escolhas mais assertivas, nos faz pensar e criar estratégias, no entanto é a emoção que nos faz vibrar, nos faz sentir melhor, é ela mesma que nos faz arrepiar e permite que o coração dê pulinhos de alegria.

Um dia desses me vi literalmente paralisada enquanto acontecia uma guerra dentro de mim, minha razão brigava vorazmente com minha emoção e o impacto que isso me causou foi nítido.  Sendo eu uma criatura desenvolta e totalmente amiga das palavras, fiquei abismada ao perceber que minha própria fala havia me abandonado.
Foi angustiante. A emoção me cutucava: diga o que sente, seja autêntica e honesta com seus sentimentos. Já a razão era mais incisiva: se disser ficará vulnerável e eu não mais poderei te proteger.
Depois de certo tempo relutando eu decidi: que a emoção vença a razão quando a questão for meu coração!
Nos momentos seguintes eu me senti estranhamente e deliciosamente aliviada. Era como se o que eu sentia estivesse me sufocando. Sim, até sentimentos bons e bonitos sufocam quando não são libertados.
Continuemos usando a razão para: planejar, traçar estratégias e correr atrás de metas. Mas não permitamos que as sequelas do passado, as feridas ainda não cicatrizadas e o meio em que vivemos nos influenciem e nos imponham viver como robôs privados de sentir com autenticidade cada emoção.
Sejamos menos carrascos de nossos próprios corações e mais sinceros e honestos com nossos sentimentos.

Beijos e até a próxima!!!